segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Promoção Como os Médicos Pensam - Resultado Final

No dia 23/01/09, às 18h, realizamos o sorteio de dois exemplares do livro Como os Médicos Pensam, de Jerome Groopman. Os comentários foram numerados e escolhidos através do site Random.org...

Parabéns à Lia, com o comentário de número 13 - "Eu lia, tu lias, ele lia… Mas na realidade o que eu quero realmente é ler o livro Como os Médicos pensam…" - e ao Bruno Tsubouchi Yporti, com o comentário de número 110 - "Opa, quero participar! Bom ver que o blog volta a ser atualizado. :) Até mais!". Em breve entraremos em contato para combinar o envio dos livros.

Agradecemos a todos pela participação! Aos ganhadores e aqueles que pretendem adquirir o livro, boa leitura!

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Quer Saber Como os Médicos Pensam? Participe da Promoção de Ano Novo!

O Letra de Medico recebeu algumas unidades do livro Como os Médicos Pensam, de Jerome Groopman, Editora Agir. Confira nossa resenha abaixo e, ao final, saiba como concorrer a um exemplar, totalmente grátis!

A obra tem 319 páginas e é dividida em 10 capítulos. Logo na introdução, o livro já desperta nossa atenção. O autor parte de exemplos reais, depoimentos e estudos, para demonstrar erros comuns que podem induzir a diagnósticos equivocados. Médicos sofrem inúmeras influências em sua profissão. Seus princípios, os sentimentos e angústias dos pacientes e a pressão da indústria farmacêutica freqüentemente acabam por conduzi-los a diferentes hipóteses e condutas, que podem não ser as mais adequadas.

É fácil envolver-se com as histórias narradas e inevitável pensar "nessa situação, talvez eu também cometesse esse erro". Uma ótima oportunidade para analisar e aprender a partir de casos interessantes.

O autor também dá dicas simples e úteis para que pacientes e médicos tentem afastar os equívocos em busca de um diagnóstico mais adequado.

Outro ponto de destaque é o fato de o autor ter definido como público-alvo, não apenas os profissionais da saúde, mas também os leigos. O livro, portanto, consegue agradar a todos.

A leitura é ideal para médicos que querem se tornar profissionais melhores e para pacientes que procuram entender e ajudar seus médicos nos diagnósticos.

O Letra de Médico sorteará dois exemplares de Como os Médicos Pensam, no dia 23 de janeiro de 2009. Para concorrer, basta deixar seu comentário abaixo. Mas atenção: cada pessoa só poderá fazer um comentário. Quem postar mais de um, será excluído do sorteio. Os ganhadores serão divulgados aqui no blog e o contato será feito por e-mail, portanto, preencha seu comentário com um e-mail válido.

Atualização (23/01/2009): O sorteiro será realizado hoje à noite. Comentários serão aceitos até as 18 horas.

quarta-feira, 23 de maio de 2007

Convites Para o Joost! Grátis!

Não é promoção, não é sorteio, não é venda de convites... Os sites GigaOM e Techcrunch fizeram uma parceria com a equipe do Joost e estão distribuindo convites gratuitamente. Basta entrar em um dos links (esse ou esse), preencher seu nome e endereço de e-mail (tem que ser válido pois é nele que você receberá o convite) e esperar. Em alguns segundos você receberá as instruções para fazer o download do programa. Tudo free, grátis, isso mesmo, de graça!

Mas atenção: Seja rápido pois são apenas 30 mil convites! Eu já garanti o meu…

Não sabe o que é o Joost? É TV pela Internet! Dos mesmos criadores do KaZaA (aquele famoso compartilhador de arquivos) e do Skype (voz sobre IP), ele promete ser uma revolução na forma como assistimos televisão. Você poderá ver seus programas favoritos no dia e horário que quiser. Várias grandes empresas já anunciaram interesse em distribuir sua programação no Joost e com certeza teremos canais sobre saúde, qualidade de vida, medicina, etc. Não perca tempo!

Para quem não está conseguindo acessar o Joost, siga esses passos (na ordem):

- Clique nesse ou nesse link.
- Preencha seu Nome, Sobrenome e e-mail (tem que ser válido).
- Copie o código da figura no campo "Security code", marque a caixa "
I confirm that I have read and agree to the terms..." e clique no botão "Invite me!".
- Em segundos você receberá um convite por e-mail (em inglês), no endereço que você informou. Clique no link que está nesse e-mail para ir até a página de download do Joost.
- Faça o download do programa e instale (vá clicando no botão "Next" e marque a caixa "Yes, I have read end agree...", na segunda tela). Após o término da instalação, o Joost iniciará automaticamente. Caso não inicie, clique no atalho criado em sua área de trabalho.
- Na tela que se abre, clique no botão "Get your Joost name here", no canto inferior esquerdo.
- Digite seu endereço de e-mail (tem que ser o mesmo endereço que você usou antes, para receber o convite), um nome de usuário e uma senha (duas vezes). Clique no botão inferior direito para confirmar.
- Aguarde as imagens e pronto!

segunda-feira, 9 de abril de 2007

Como Pesquisar no Google

A Internet vem ganhando força como fonte de informação, tanto para estudantes quanto para profissionais da saúde. Hoje é comum recorrermos primeiro à Web, ou mais precisamente ao Google, quando precisamos pesquisar sobre determinado tema. Porém, como a quantidade de informações disponíveis na rede é enorme, encontrar o que realmente queremos pode não ser assim tão fácil. Existem várias maneiras de se otimizar uma consulta no Google, mas muitas pessoas desconhecem a existência desses recursos especiais. Por isso, reuni aqui algumas dicas que podem tornar suas buscas, muito mais eficientes:
  • As pesquisas Google não são sensíveis a maiúsculas e minúsculas. Tanto medicina quanto Medicina retornarão os mesmos resultados.
  • Buscas no Google não são sensíveis a acentos. Tanto medico quanto médico, retornarão os mesmos resultados. Para forçá-lo a considerar acentos, utilize o sinal + (mais), antes do termo desejado. Por exemplo, +médico retornará apenas resultados com a palavra médico (acentuada).
  • O Google procura exatamente pelas palavras que você colocou no campo de busca. Se você digitar medi, irão aparecer apenas resultados com o termo medi e não medico ou medicina.
  • Para pesquisar frases, use aspas. Exemplo: “escolhendo uma especialidade medica”.
  • Para impedir que certas palavras apareçam nos resultados das buscas, utilize o sinal - (menos). Se você digitar medico, aparecerão dentre os resultados, sites sobre Ato Médico. Considerando que sua busca não tem nada a ver com o Ato Médico, pesquisando medico -ato, os resultados que contiverem a palavra ato não serão mostrados.
  • Para encontrar rapidamente a definição de um termo, utilize define:termo. Pesquisar por define:medico, por exemplo, retorna a definição da palavra Médico.
  • O Google armazena cópias das páginas que indexa. Se você está com problemas para acessar uma URL ou ela já não existe mais, tente procurar no cache do Google. Basta digitar cache:link. Exemplo: cache:www.letrademedico.com.br.
  • Você pode usar o Google para procurar palavras em apenas um site específico. Para isso, digite site:link. Para pesquisar por medicina no site Letra de Médico, por exemplo, utilize medicina site:www.letrademedico.com.br.
Pesquise primeiro por frases restritivas. Tente prever de que forma a informação que você procura estaria escrita na Web. Caso não encontre, use buscas genéricas. Se você quer saber como diagnosticar a hepatite C, pesquise por “como diagnosticar a hepatite c”. Nesse exemplo, o Google retornará apenas um resultado, mas ele tem exatamente a informação que você necessita. Outra boa escolha seria pesquisar pelos termos principais, diagnostico “hepatite c”. Serão apresentados vários resultados relevantes. Uma busca genérica por hepatite c retornará mais de 700 mil referências e boa parte delas serão, com certeza, irrelevantes.

Dica Final: O Google disponibiliza para download, uma barra de ferramentas que se integra ao seu navegador. Além de agilizar e facilitar as buscas, a Barra de Ferramentas Google vem com bloqueador de pop-ups indesejados, corretor ortográfico e tradutor instantâneo de páginas Web, do inglês para o português. Clique na imagem abaixo e faça o download do Google Pack. Além da Barra de Ferramentas Google, você terá a opção de instalar outros programas úteis como o Adobe Reader (leitor de arquivos PDF) e o Skype (voz sobre IP). Aproveite, tudo isso é grátis!

segunda-feira, 12 de março de 2007

Escolhendo Seu Primeiro (Ou Próximo) Palm

Na matéria anterior, “Palm ou Pocket PC?”, falamos sobre as diferenças básicas entre as duas principais opções de handhelds (termo americano para computadores de mão). Agora veremos que outras características devem ser avaliadas na hora de escolher seu novo equipamento.
  • Desempenho: Calcular o desempenho de Palms e Pocket PCs é uma tarefa difícil, que depende de vários fatores, tais como o processador utilizado, a quantidade de memória disponível, a integração entre sistema operacional e equipamento, etc. A maior parte dos dispositivos atuais utiliza processadores Intel operando a cerca de 400 MHz. Pode parecer pouco, mas essa velocidade é suficiente para rodar praticamente qualquer aplicativo. Tanto o Palm OS quanto o Windows Mobile já apresentam uma boa integração com o hardware das pequenas máquinas e não decepcionam nesse quesito. A memória é, com certeza, o fator de maior impacto na velocidade desses aparelhos. Em geral, nos Palms são utilizadas memórias do tipo Flash. Apesar de não voláteis (ao religar seu Palm ele vai estar exatamente como no momento em que havia sido desligado) e de gastarem pouquíssima energia (sua bateria vai durar mais) essas memórias são caras e você não encontrará modelos de Palm com mais de 128 MB. Além disso, a memória Flash é compartilhada entre os seus arquivos e os arquivos temporários dos programas em execução. Isso significa que, caso você tenha ocupado grande parte da memória com arquivos pessoais ou instalando programas, é possível que aplicativos mais pesados não iniciem, por falta de memória. Nos Pocket PCs, a área de memória de execução de programas e arquivos do sistema operacional é separada da área de armazenamento (da mesma forma que ocorre em PCs normais). Nesse caso, usam-se memórias do tipo SDRAM. Dê preferência para dispositivos com pelo menos 32 MB de memória Flash (para Palms) ou 64 MB de memória SDRAM (para Pocket PCs). Destaca-se o Palm TX com 128 MB de memória Flash compartilhada.
  • Portabilidade: Uma das grandes vantagens de um handheld sobre notebooks ou PCs é o fato de você poder levá-lo dentro do seu bolso para praticamente qualquer lugar. Em relação a tamanho e peso, não há grandes diferenças entre a maior parte dos modelos vendidos no Brasil. No quesito portabilidade, é importante saber que esses dispositivos gastam muito pouca energia. Alguns modelos, dependendo do uso, podem ficar semanas sem receber carga. Antes de comprar, informe-se sobre a duração média da bateria do aparelho. Destaca-se o HP iPAQ hx2790 com bateria removível de 1440 mAh (você pode andar sempre com outra bateria carregada para os casos de emergência), suficiente para muitas horas de uso contínuo e várias semanas em standby.
  • Expansibilidade: Arquivos para handhelds possuem um tamanho bastante reduzido. Porém, com a possibilidade de visualizar fotos, reproduzir MP3 e vídeos na tela do aparelho, além da facilidade de uso do equipamento para cópia e transferência de arquivos entre diferentes computadores, a capacidade de armazenamento tornou-se um fator muito relevante. A memória interna desses dispositivos é relativamente pequena e, principalmente no caso dos Palms, utilizá-la para guardar arquivos grandes pode comprometer a performance do sistema operacional e a correta execução dos programas. O problema pode ser contornado com o uso de cartões de expansão que normalmente podem armazenar até 2 GB de dados (já existem cartões maiores). Os cartões do tipo SD Card, (modelo amplamente utilizado em handhelds) são compatíveis ainda com vários outros equipamentos eletrônicos, celulares e câmeras digitais. Destaca-se o Palm LifeDrive, modelo que possui disco rígido interno de 4 GB além de slots (encaixes) para cartão de expansão SD, MMC ou SDIO.
  • Conectividade: Hoje em dia, a troca de dados entre diferentes dispositivos tornou-se comum. Os handhelds estão entre os aparelhos mais integráveis da atualidade, podendo se comunicar facilmente com celulares, computadores, roteadores, notebooks, fones de ouvido, e outros handhelds, sem fio. Praticamente todos os modelos vendidos atualmente são equipados com um sensor infra-vermelho, que permite a troca de dados com outros dispositivos semelhantes. Esse sensor pode ainda ser usado para a comunicação com teclados portáteis, celulares e, com o uso de programas específicos, pode transformar seu dispositivo em um controle remoto universal, controlando qualquer equipamento eletrônico (televisão, aparelho de som, dvd...). Modelos top de linha podem ainda oferecer conexões bluetooth e 802.11 b/g. As conexões bluetooth são mais rápidas e operam em distâncias maiores que o infra-vermelho. Além disso, basta aproximar dois dispositivos bluetooth compatíveis para que eles se reconheçam e passem a trocar dados automaticamente (não é preciso alinhar os sensores, como ocorre com o infra-vermelho). Essas conexões são utilizadas principalmente para a comunicação do handheld com seus acessórios (teclado, fones de ouvido sem fio...) e troca de dados com o PC ou notebook. As conexões 802.11 b/g são utilizadas por roteadores wireless para prover acesso à rede e à internet sem fio, a grandes velocidades (54 MB por segundo para o 802.11 g). Um handheld compatível com essa tecnologia, pode navegar na internet através da rede sem fio de sua casa ou empresa. Hotéis, cafés e grandes aeroportos no Brasil já disponibilizam redes sem fio (HotSpots) a seus visitantes. Destaca-se novamente o Palm TX com infra-vermelho, bluetooth e rede wireless 802.11 b.
  • Outros Recursos: Além das várias funcionalidades que um handheld possui, ele pode ainda substituir de forma satisfatória outros aparelhos eletrônicos, tornando sua vida muito mais fácil. O Palm Zire 72, por exemplo, vem equipado com câmera digital embutida de 1.3 megapixels, capaz de gerar fotos e filmes com qualidade aceitável. Possui ainda microfone interno para gravar notas de voz ou som ambiente (muito útil em uma palestra, por exemplo). Com um fone de ouvido acoplado, transforma-se em um ótimo MP3 Player e se você não se incomodar com o tamanho reduzido da tela, pode até assistir filmes. Caso queira aposentar seu celular, pode optar pelo Palm Treo 650. Além das características básicas de um handheld, esse aparelho funciona como telefone GSM, bastando colocar um chip da operadora de sua preferência para sair falando.
  • Custo x Benefício: Diante de tantas opções, fica difícil escolher o modelo ideal. Uma dica é começar por uma avaliação de custo: Você encontrará modelos básicos por cerca de R$ 400,00 (Palm Z22) e modelos top de linha custando mais de R$ 2500,00 (HP IPaq HW6945). Definindo um valor máximo para o investimento, você estará eliminando várias opções e tornando sua escolha mais fácil (a menos que dinheiro não seja problema!). Após, avalie os benefícios: Relacione as características que para você são imprescindíveis, como por exemplo, “sistema operacional Palm OS, pelo menos 32 MB de memória, gravação de voz...”. Faça uma pesquisa preliminar, relacionando os modelos que possuem as características desejadas e descarte os que estão fora de seu orçamento. Compare os modelos restantes, avalie a diferença de preço, recursos extras e, por fim, decida-se pelo que apresentar melhor relação custo x benefício.
  • Dicas Finais: Considere a possibilidade de adquirir cartões de memória junto com seu handheld. Muitas lojas oferecem desconto na compra dos dois produtos. Uma capa ou estojo para protegê-lo de acidentes também é importante. Dê preferência às de material rígido (alumínio ou couro). O ideal é que você não precise retirar o aparelho da capa para poder usá-lo. Para evitar aranhões na tela, utilize sempre a película plástica protetora que geralmente acompanha o equipamento. Novas películas podem ser adquiridas separadamente.

quinta-feira, 1 de março de 2007

Leitor: Oito Dicas Para Fazer Uma Boa Visita no Hospital

O texto abaixo foi escrito pelo leitor Gabriel Tonobohn e está publicado em seu blog, Oito Passos Para o Conhecimento. Agradecemos a colaboração e aproveitamos a oportunidade para informar a todos os visitantes que temos muito interesse em publicar seus artigos. Vale ressaltar que esse texto reflete apenas a opinião do leitor e não a dos editores do site.

Quando um paciente está em recuperação, é muito importante a família ficar atenta às visitas. Temos que ter bom senso de entender que o paciente pode estar passando uma fase muito difícil, com problemas sérios, mesmo que não aparentes.

Portanto, é extremamente importante seguir as dicas abaixo:
  • Informe-se: Saiba antes como o paciente está, e porquê está lá. Se ele operou do estômago, não leve alimentos pesados. Se ele operou da vista, não leve uma palavra-cruzada. Se ele está com dores de cabeça, fale pouco e fale baixo.
  • Flores e outros presentes: Levar um agrado para o paciente é sempre bacana, mas antes procure se informar. Flores por exemplo, não são muito recomendadas. Em alguns hospitais os enfermeiros nem mesmo deixam as flores ficarem dentro do quarto do paciente, pois assim que começam a murchar, atraem mosquitos e outros insetos que podem incomodar o paciente a noite. Se for levar chocolate ou alguma outra guloseima, tenha certeza de que o paciente não tem restrições alimentares em algum dieta pós-operatória. Algum livro para ler ou alguma coisa para distrair pode ser um ótimo presente.
  • Seja breve: Lembre-se que você está visitando um paciente em recuperação e não fazendo uma festa. Não recomendo que a visita dure mais que 30 minutos. Lembre-se que ele precisa descansar. Muitos pacientes no pós-cirúrgico dormem feito bebês, várias vezes por dia. Isso pode acontecer por conta dos remédios ou porquê o corpo ainda está se recuperando.
  • Não conte histórias: Não fique contando histórias de quando seu tio fez uma cirurgia e morreu, ou da vizinha do seu amigo que tinha uma pinta nas costas e morreu de câncer de pele. Ninguém quer saber disso. Não conte histórias de tragédias. Se perceber que o paciente não está lá muito paciente, não conte nada!
  • Tenha respeito pelos outros: Lembre-se que seu familiar ou amigo não é o único no hospital. Não fale alto pois outros podem estar repousando. Feche a porta do quarto, pois ninguém precisa saber o que vocês estão conversando.
  • Você não é o médico: Não tente dizer o que o paciente deveria ou não deveria fazer ou tomar. Não interessa se você teve experiência semelhante ou não, pois cada caso é um caso, e só o médico pode saber o que fazer. Afinal, ele estudou anos para isso.
  • Não chore as pitanga: Não chore antes, durante, nem depois. Nem por alegria, e pelo amor de Santo Expedito, muito menos por tristeza. Isso não pode de jeito maneira ajudar o paciente em nada. Como dito antes, não conte casos passados e não fique falando que a unha encravada no dedão do seu pé é terrível.
  • Seja positivo: Depois de falar tanto o que você não deve fazer, aqui vai um pouco do que fazer… Não precisa ficar repetindo “Vai dar tudo certo”, pois pode surtir o efeito contrário, como se você estivesse lamentando alguma coisa que nem aconteceu. Diga algo positivo, faça uma piada, pergunte como o paciente está e se ele precisa de alguma coisa. Seja simpático com os enfermeiros e auxiliares, pois eles que cuidarão do seu parente e/ou amigo. Se você não é religioso, sem problemas, apenas mande uma boa vibração para o enfermo. Boas energias ajudam na recuperação, e uma família unida e antenada no problema é fundamental.
Seguindo essas dicas, a recuperação será muito mais tranqüila e rápida. Uso o bom senso e lembre-se sempre que o centro das atenções não é você e sim o paciente.

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007

Leitor: Letra de Médico

O texto abaixo foi escrito pela leitora Mariana Drechmer. Agradecemos a colaboração e aproveitamos a oportunidade para informar a todos os visitantes que temos muito interesse em publicar seus artigos. Vale ressaltar que esse texto reflete apenas a opinião da leitora e não a dos editores do site.

Ao descobrir esse blog, e após ler os poucos textos que já o compõem, comecei a pensar no título “Letra de Médico”, com o adendo “- aqui todos se entendem”. Passei a refletir no porquê de os médicos serem famosos por sua caligrafia, que de cali (correto) não tem nada! E aí vai uma consideração aos farmacêuticos e balconistas de farmácia, que se desdobram para desvendar o mistério da receita médica.

Tudo na vida tem um porquê. E o que não tem, com certeza um dia terá. Por que os médicos escrevem em códigos?

A primeira hipótese que me vem à mente é a falta de tempo. Façamos a imagem: segunda-feira, 8h, pronto-socorro lotado, cheio de entorses de tornozelo e contusões lombares, cefaléias lancinantes e atestadites agudas. Número de médicos no local: 2. Número de pacientes por hora por médico: 30. Realmente não me parece viável escrever “Tome por via oral 1 comprimido 2 vezes ao dia”. Muito mais rápido seria: “Tome v.o. 1cp 2x/dia”, e, é claro, com uma grafia em que se leria qualquer coisa que parecesse mais agradável que tomar remédio.

Alguns até dizem que a grafia médica é aprendida antes dos estágios, nas famosas aulas de 2h30 de duração, com professores logorréicos e com vontade de esgotar o assunto que demoraram anos para compreender. Numa tentativa desesperadora de fazer valer a aula, e até por saber que pelo livro não vai dar pra estudar mesmo, as canetas correm nos cadernos, alucinadas. Às vésperas da prova, o caderno vira um belíssimo criptograma, cuja decifragem passa a ser objetivo de todos.

Recordo-me agora de um amigo, psicólogo, que me deu uma resposta coerente à minha pergunta. Segundo ele, nós sentimos insegurança. Temos medo de sermos julgados pelas nossas condutas. Quando se é claro, corre-se o risco de se ser excessivamente claro. E a partir daí, há espaço para argumentos em cima da decisão do “Dr. Médico”. Amigos, não é perigoso quando entendem aquilo que falamos? Porque, dessa forma, além de decidirmos a conduta, teremos que ter argumentos que a justifiquem! Significa que teremos que estudar mais, que nos aprimorar mais, e dessa vez não mais pensando no dinheiro ou no título.

Poderemos racionalizar agora. E é isso que a maioria dos médicos faz. Racionalizar. Negar. Somos os donos da verdade, e se não somos, um dia seremos. Na verdade, podemos não o ser na frente do professor-doutor, mas na frente do técnico de enfermagem... “Afinal, é muito fácil julgar-nos, não é mesmo? E as condições em que trabalhamos? E a pressão que sofremos, desde o dia em que decidimos prestar vestibular? E a autoconfiança que nos cobram? E a concorrência, então! Bom, no fundo essas pessoas que emitem essas opiniões queriam todas ser médicos. E o ato médico, dessa forma...”

Justificativas. Racionalizações. Se, entretanto, considerarmos que existe a possibilidade de o psicólogo estar certo, teremos substrato para fazer uma auto-análise – análise do ego, e análise da classe médica. Análise do que concordamos e daquilo que nos gera mal-estar. Análise do que queremos, e do que querem de nós. Análise do que consideramos cali, do que consideramos correto. A análise pode começar com a própria grafia.

Que médico você quer ser? Que médico você admira?