segunda-feira, 12 de março de 2007

Escolhendo Seu Primeiro (Ou Próximo) Palm

Na matéria anterior, “Palm ou Pocket PC?”, falamos sobre as diferenças básicas entre as duas principais opções de handhelds (termo americano para computadores de mão). Agora veremos que outras características devem ser avaliadas na hora de escolher seu novo equipamento.
  • Desempenho: Calcular o desempenho de Palms e Pocket PCs é uma tarefa difícil, que depende de vários fatores, tais como o processador utilizado, a quantidade de memória disponível, a integração entre sistema operacional e equipamento, etc. A maior parte dos dispositivos atuais utiliza processadores Intel operando a cerca de 400 MHz. Pode parecer pouco, mas essa velocidade é suficiente para rodar praticamente qualquer aplicativo. Tanto o Palm OS quanto o Windows Mobile já apresentam uma boa integração com o hardware das pequenas máquinas e não decepcionam nesse quesito. A memória é, com certeza, o fator de maior impacto na velocidade desses aparelhos. Em geral, nos Palms são utilizadas memórias do tipo Flash. Apesar de não voláteis (ao religar seu Palm ele vai estar exatamente como no momento em que havia sido desligado) e de gastarem pouquíssima energia (sua bateria vai durar mais) essas memórias são caras e você não encontrará modelos de Palm com mais de 128 MB. Além disso, a memória Flash é compartilhada entre os seus arquivos e os arquivos temporários dos programas em execução. Isso significa que, caso você tenha ocupado grande parte da memória com arquivos pessoais ou instalando programas, é possível que aplicativos mais pesados não iniciem, por falta de memória. Nos Pocket PCs, a área de memória de execução de programas e arquivos do sistema operacional é separada da área de armazenamento (da mesma forma que ocorre em PCs normais). Nesse caso, usam-se memórias do tipo SDRAM. Dê preferência para dispositivos com pelo menos 32 MB de memória Flash (para Palms) ou 64 MB de memória SDRAM (para Pocket PCs). Destaca-se o Palm TX com 128 MB de memória Flash compartilhada.
  • Portabilidade: Uma das grandes vantagens de um handheld sobre notebooks ou PCs é o fato de você poder levá-lo dentro do seu bolso para praticamente qualquer lugar. Em relação a tamanho e peso, não há grandes diferenças entre a maior parte dos modelos vendidos no Brasil. No quesito portabilidade, é importante saber que esses dispositivos gastam muito pouca energia. Alguns modelos, dependendo do uso, podem ficar semanas sem receber carga. Antes de comprar, informe-se sobre a duração média da bateria do aparelho. Destaca-se o HP iPAQ hx2790 com bateria removível de 1440 mAh (você pode andar sempre com outra bateria carregada para os casos de emergência), suficiente para muitas horas de uso contínuo e várias semanas em standby.
  • Expansibilidade: Arquivos para handhelds possuem um tamanho bastante reduzido. Porém, com a possibilidade de visualizar fotos, reproduzir MP3 e vídeos na tela do aparelho, além da facilidade de uso do equipamento para cópia e transferência de arquivos entre diferentes computadores, a capacidade de armazenamento tornou-se um fator muito relevante. A memória interna desses dispositivos é relativamente pequena e, principalmente no caso dos Palms, utilizá-la para guardar arquivos grandes pode comprometer a performance do sistema operacional e a correta execução dos programas. O problema pode ser contornado com o uso de cartões de expansão que normalmente podem armazenar até 2 GB de dados (já existem cartões maiores). Os cartões do tipo SD Card, (modelo amplamente utilizado em handhelds) são compatíveis ainda com vários outros equipamentos eletrônicos, celulares e câmeras digitais. Destaca-se o Palm LifeDrive, modelo que possui disco rígido interno de 4 GB além de slots (encaixes) para cartão de expansão SD, MMC ou SDIO.
  • Conectividade: Hoje em dia, a troca de dados entre diferentes dispositivos tornou-se comum. Os handhelds estão entre os aparelhos mais integráveis da atualidade, podendo se comunicar facilmente com celulares, computadores, roteadores, notebooks, fones de ouvido, e outros handhelds, sem fio. Praticamente todos os modelos vendidos atualmente são equipados com um sensor infra-vermelho, que permite a troca de dados com outros dispositivos semelhantes. Esse sensor pode ainda ser usado para a comunicação com teclados portáteis, celulares e, com o uso de programas específicos, pode transformar seu dispositivo em um controle remoto universal, controlando qualquer equipamento eletrônico (televisão, aparelho de som, dvd...). Modelos top de linha podem ainda oferecer conexões bluetooth e 802.11 b/g. As conexões bluetooth são mais rápidas e operam em distâncias maiores que o infra-vermelho. Além disso, basta aproximar dois dispositivos bluetooth compatíveis para que eles se reconheçam e passem a trocar dados automaticamente (não é preciso alinhar os sensores, como ocorre com o infra-vermelho). Essas conexões são utilizadas principalmente para a comunicação do handheld com seus acessórios (teclado, fones de ouvido sem fio...) e troca de dados com o PC ou notebook. As conexões 802.11 b/g são utilizadas por roteadores wireless para prover acesso à rede e à internet sem fio, a grandes velocidades (54 MB por segundo para o 802.11 g). Um handheld compatível com essa tecnologia, pode navegar na internet através da rede sem fio de sua casa ou empresa. Hotéis, cafés e grandes aeroportos no Brasil já disponibilizam redes sem fio (HotSpots) a seus visitantes. Destaca-se novamente o Palm TX com infra-vermelho, bluetooth e rede wireless 802.11 b.
  • Outros Recursos: Além das várias funcionalidades que um handheld possui, ele pode ainda substituir de forma satisfatória outros aparelhos eletrônicos, tornando sua vida muito mais fácil. O Palm Zire 72, por exemplo, vem equipado com câmera digital embutida de 1.3 megapixels, capaz de gerar fotos e filmes com qualidade aceitável. Possui ainda microfone interno para gravar notas de voz ou som ambiente (muito útil em uma palestra, por exemplo). Com um fone de ouvido acoplado, transforma-se em um ótimo MP3 Player e se você não se incomodar com o tamanho reduzido da tela, pode até assistir filmes. Caso queira aposentar seu celular, pode optar pelo Palm Treo 650. Além das características básicas de um handheld, esse aparelho funciona como telefone GSM, bastando colocar um chip da operadora de sua preferência para sair falando.
  • Custo x Benefício: Diante de tantas opções, fica difícil escolher o modelo ideal. Uma dica é começar por uma avaliação de custo: Você encontrará modelos básicos por cerca de R$ 400,00 (Palm Z22) e modelos top de linha custando mais de R$ 2500,00 (HP IPaq HW6945). Definindo um valor máximo para o investimento, você estará eliminando várias opções e tornando sua escolha mais fácil (a menos que dinheiro não seja problema!). Após, avalie os benefícios: Relacione as características que para você são imprescindíveis, como por exemplo, “sistema operacional Palm OS, pelo menos 32 MB de memória, gravação de voz...”. Faça uma pesquisa preliminar, relacionando os modelos que possuem as características desejadas e descarte os que estão fora de seu orçamento. Compare os modelos restantes, avalie a diferença de preço, recursos extras e, por fim, decida-se pelo que apresentar melhor relação custo x benefício.
  • Dicas Finais: Considere a possibilidade de adquirir cartões de memória junto com seu handheld. Muitas lojas oferecem desconto na compra dos dois produtos. Uma capa ou estojo para protegê-lo de acidentes também é importante. Dê preferência às de material rígido (alumínio ou couro). O ideal é que você não precise retirar o aparelho da capa para poder usá-lo. Para evitar aranhões na tela, utilize sempre a película plástica protetora que geralmente acompanha o equipamento. Novas películas podem ser adquiridas separadamente.

quinta-feira, 1 de março de 2007

Leitor: Oito Dicas Para Fazer Uma Boa Visita no Hospital

O texto abaixo foi escrito pelo leitor Gabriel Tonobohn e está publicado em seu blog, Oito Passos Para o Conhecimento. Agradecemos a colaboração e aproveitamos a oportunidade para informar a todos os visitantes que temos muito interesse em publicar seus artigos. Vale ressaltar que esse texto reflete apenas a opinião do leitor e não a dos editores do site.

Quando um paciente está em recuperação, é muito importante a família ficar atenta às visitas. Temos que ter bom senso de entender que o paciente pode estar passando uma fase muito difícil, com problemas sérios, mesmo que não aparentes.

Portanto, é extremamente importante seguir as dicas abaixo:
  • Informe-se: Saiba antes como o paciente está, e porquê está lá. Se ele operou do estômago, não leve alimentos pesados. Se ele operou da vista, não leve uma palavra-cruzada. Se ele está com dores de cabeça, fale pouco e fale baixo.
  • Flores e outros presentes: Levar um agrado para o paciente é sempre bacana, mas antes procure se informar. Flores por exemplo, não são muito recomendadas. Em alguns hospitais os enfermeiros nem mesmo deixam as flores ficarem dentro do quarto do paciente, pois assim que começam a murchar, atraem mosquitos e outros insetos que podem incomodar o paciente a noite. Se for levar chocolate ou alguma outra guloseima, tenha certeza de que o paciente não tem restrições alimentares em algum dieta pós-operatória. Algum livro para ler ou alguma coisa para distrair pode ser um ótimo presente.
  • Seja breve: Lembre-se que você está visitando um paciente em recuperação e não fazendo uma festa. Não recomendo que a visita dure mais que 30 minutos. Lembre-se que ele precisa descansar. Muitos pacientes no pós-cirúrgico dormem feito bebês, várias vezes por dia. Isso pode acontecer por conta dos remédios ou porquê o corpo ainda está se recuperando.
  • Não conte histórias: Não fique contando histórias de quando seu tio fez uma cirurgia e morreu, ou da vizinha do seu amigo que tinha uma pinta nas costas e morreu de câncer de pele. Ninguém quer saber disso. Não conte histórias de tragédias. Se perceber que o paciente não está lá muito paciente, não conte nada!
  • Tenha respeito pelos outros: Lembre-se que seu familiar ou amigo não é o único no hospital. Não fale alto pois outros podem estar repousando. Feche a porta do quarto, pois ninguém precisa saber o que vocês estão conversando.
  • Você não é o médico: Não tente dizer o que o paciente deveria ou não deveria fazer ou tomar. Não interessa se você teve experiência semelhante ou não, pois cada caso é um caso, e só o médico pode saber o que fazer. Afinal, ele estudou anos para isso.
  • Não chore as pitanga: Não chore antes, durante, nem depois. Nem por alegria, e pelo amor de Santo Expedito, muito menos por tristeza. Isso não pode de jeito maneira ajudar o paciente em nada. Como dito antes, não conte casos passados e não fique falando que a unha encravada no dedão do seu pé é terrível.
  • Seja positivo: Depois de falar tanto o que você não deve fazer, aqui vai um pouco do que fazer… Não precisa ficar repetindo “Vai dar tudo certo”, pois pode surtir o efeito contrário, como se você estivesse lamentando alguma coisa que nem aconteceu. Diga algo positivo, faça uma piada, pergunte como o paciente está e se ele precisa de alguma coisa. Seja simpático com os enfermeiros e auxiliares, pois eles que cuidarão do seu parente e/ou amigo. Se você não é religioso, sem problemas, apenas mande uma boa vibração para o enfermo. Boas energias ajudam na recuperação, e uma família unida e antenada no problema é fundamental.
Seguindo essas dicas, a recuperação será muito mais tranqüila e rápida. Uso o bom senso e lembre-se sempre que o centro das atenções não é você e sim o paciente.